ECONOMIA CAPIXABA
Findes lança rota estratégica da confecção, têxtil e calçado
Presidente Cris Samorini, destacou a importância do setor de Confecção, Têxtil e Calçado
Em 01/12/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A presidente da Findes, Cris Samorini, destacou que o setor de Confecção, Têxtil e Calçado desempenha papel fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do Espirito Santo.
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) e da Câmara Setorial do Vestuário, apresentou nesta terça-feira (01), a Rota Estratégica de Confecção, Têxtil e Calçados. O lançamento marca a apresentação da 5ª Rota do Plano de Desenvolvimento Estratégico da Indústria do Espírito Santo 2035 – Indústria 2035.
Estavam presentes na apresentação a presidente da Findes, Cris Samorini, o diretor geral da Federação, Roberto Campos, o economista-chefe da Federação e diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive, e a responsável por liderar o projeto por meio da Findes e Ideies, Silvia Varejão, e Bruno Balarini, presidente da Câmara Setorial das Indústrias do Vestuário.
A presidente da Findes, Cris Samorini, destacou que o setor de Confecção, Têxtil e Calçado desempenha papel fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do Espirito Santo.
“Desde a década de 70, em que houve o fortalecimento da fabricação de artigos do vestuário no Espírito Santo, até os dias atuais é um dos principais setores da indústria em termos de geração de empregos e renda. São mais de 13 mil pessoas empregadas, que estão distribuídas em quase todos os municípios do estado”, disse Cris Samorini.
Outro ponto destacado é a importância do setor, que ficou ainda mais evidente neste ano de pandemia, em que os esforços conjuntos se mostraram essenciais para o enfrentamento da Covid-19. As indústrias capixabas responderam prontamente às demandas de fabricação de máscaras faciais e outros equipamentos de proteção individual necessários para conter o vírus.
Algumas das ações propostas neste documento foram elaboradas para atender a esse novo cenário de mudanças no processo produtivo e de consumo, e tem como finalidade agir, especialmente no curto prazo, em resposta aos impactos causados pela crise da covid-19.
A Rota traçou os caminhos que o setor de Confecção, Têxtil e Calçado deverá percorrer nos próximos anos para se desenvolver em toda a sua potencialidade. Esse caminho está representado no roadmap com as ações de curto, médio e longo prazo a serem desenvolvidas. Esta iniciativa está alicerçada nos Setores Portadores de Futuro para o Estado do Espírito Santo, nos quais o setor de Confecção, Têxtil e Calçado foi identificado como um dos 17 setores que tem uma maior propensão de impulsionar a economia capixaba.
Essa escolha foi realizada devido ao seu potencial como pilar de desenvolvimento, destacando-se na geração de empregos e de riqueza para o estado. São 271 ações curto, médio e longo prazo, e algumas ações de curto prazo se mostram ainda mais essenciais neste período de crise econômica e pandemia. Os resultados provenientes da inteligência coletiva, contou com a contribuição de 84 especialistas do setor produtivo, do governo, da academia e da sociedade.
“A Rota Estratégica de Confecção, Têxtil e Calçado reúne as principais ações necessárias para o desenvolvimento do setor no Espírito Santo. Esse setor é fundamental para a economia capixaba: desempenha papel central tanto no aspecto econômico quanto no social. Um exemplo foi a atuação das indústrias capixabas na pandemia, com o fornecimento de itens necessários como máscaras e outros equipamentos de proteção individual. Assim, esse planejamento estratégico, resultado do processo de inteligência coletiva, contribuirá ainda mais para o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo”, disse Marcelo Saintive.
As cinco Rotas lançadas foram: Rota Estratégica Agroalimentar; Rota Estratégica do Setor de Petróleo e Gás Natural; Rota Estratégica de Biotecnologia; Rota Estratégica do Café e Rota Estratégica de Confecção, Têxtil e Calçados.
INDÚSTRIA 2035
O Indústria 2035 é um importante projeto para a promoção da competitividade no estado do Espírito Santo, colocando-o em patamar de destaque em âmbito nacional e internacional.
Para tanto, houve a construção de uma agenda estratégica de desenvolvimento sustentável da indústria capixaba, considerando o horizonte 2035, à luz de suas potencialidades, visando sua prosperidade, seu crescimento e maior presença nas cadeias produtivas nacionais e globais. Concomitante a essa iniciativa, serão estruturadas e automatizadas informações sobre o setor industrial capixaba, em um ambiente integrado e de fácil manipulação, para pautar o processo de decisão dos empresários e diversos outros atores da sociedade.
PARCERIA PARA A REALIZAÇÃO INDÚSTRIA 2035
No intuito de fomentar o desenvolvimento do Indústria 2035, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), em conjunto com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), firmou uma parceria com o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Sistema Fiep), por meio do Observatório Sistema Fiep – dada a notoriedade deste no desenvolvimento de estudos de futuro desde 2004 –, para a elaboração de dois projetos de prospectiva estratégica: os Setores Portadores de Futuro para o Estado do Espírito Santo 2035 e as Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria do Espírito Santo 2035.
REFLEXÃO PROSPECTIVA EM PROL DA INDÚSTRIA E DA SOCIEDADE
Elaborado no ano de 2018, o projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Espírito Santo foi desenvolvido a partir de uma reflexão prospectiva para a identificação de setores, segmentos e áreas que serão indutores de desenvolvimento do estado, posicionando-o em um patamar de competitividade no âmbito nacional e internacional no horizonte de 2035. Nesse exercício coletivo, foram reunidos 179 especialistas da indústria, da academia, do terceiro setor e do governo, no qual foram instigados a elencar setores, segmentos e áreas portadores de futuro para o estado. Esses foram organizados em três agrupamentos: emergentes, estruturais e transversais. O resultado compreendeu 17 setores, segmentos e áreas indutores de desenvolvimento para o estado do Espírito Santo. Na ocasião também foram relacionadas 7 especificidades regionais, designadas em razão do seu potencial no desenvolvimento local em algumas regiões do estado. (Por Raianne Cavaglieri Trevelin - UCI/Findes)