AGRICULTURA

Fórum Nacional da Pimenta-do-Reino reúne produtores no ES

Fórum reuniu em torno de mil pessoas ligadas à cadeia produtiva da especiaria em Jaguaré (ES).

Em 11/11/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Campo Vivo Inteligência em Agronegócios.

Tendência de mercado, panorama do agronegócio, segurança dos alimentos, uso de biológicos e certificações de sustentabilidade foram temáticas discutidas nos painéis do 1° Fórum Nacional da Pimenta-do-Reino, realizado em Jaguaré (ES). Evento acontecerá também na Bahia e no Pará.


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Realizado na última quinta-feira (7), o 1° Fórum Nacional da Pimenta-do-Reino reuniu em torno de mil pessoas ligadas à cadeia produtiva da especiaria no município de Jaguaré (ES). Tendência de mercado, panorama do agronegócio, segurança dos alimentos, uso de biológicos e certificações de sustentabilidade foram temáticas discutidas nos painéis do evento realizado pela Brazilian Spice Association (BSA).

Dados do Governo do Estado do Espírito Santo apontam que nos últimos 10 anos a produção capixaba deu um salto de 7,5 mil toneladas, em 2014, para 77,6 mil toneladas em 2023. Apesar dos números expressivos, existem muitos desafios a serem superados no quesito qualidade, como relata o presidente da BSA, Frank Moro. A meta é chegar a um produto sem Antracnona, sem Salmonella e com zero resíduo químico.

“Nosso maior desafio hoje é levar informação de qualidade para o produtor produzir uma pimenta que atenda às exigências internacionais. Esperamos que em 2025 o Brasil tenha a melhor pimenta do mundo. Hoje ocupamos a segunda posição no ranking mundial. Para isso, percorremos os três maiores estados produtores, começando pelo Espírito Santo, depois Bahia e Pará, levando informação aos pipericultores para melhorarmos a qualidade do nosso produto.”

Cultivando a pimenta-do-reino há mais de 10 anos, José Sartório Altoé entendeu que para alcançar novos mercados é preciso mudar a mentalidade e pensar não só na quantidade, mas também na qualidade do produto para alcançar melhores preços.

“Desde que plantamos a pimenta pensamos em produzir com qualidade e estamos trabalhando para isso. Nosso plantio é 100% em tutor vivo, ao invés de estacas plantamos na árvore, e já tenho duas certificações de sustentabilidade. Nossa secagem é feita no secador indireto e, quando necessário, só usamos produtos biológicos. Esse fórum foi muito rico em informações e me despertou o desejo de plantar mais”, comentou Altoé

O commodity broker e diretor comercial da Coreimex, Juliano Câmara, um dos palestrantes, destacou que hoje o Estado do Pará conta com uma pimenta mais limpa com teores de agrotóxico em relação ao Espírito Santo e Bahia, devido a um problema grave que ele apontou em 2015 quando esteve em terras capixabas que é a secagem da pimenta no secador de fogo direto.

“É preciso uma mudança tecnológica imediata. Estamos em um momento de alta, o preço vai se manter firme, com oscilações sazonais, e este é o momento ideal para o produtor olhar da porteira para dentro e corrigir o que for preciso, investir em tecnologia e melhorar sua produção.”

Hoje, o Espírito Santo é o maior exportador do país, produzindo mais de 61% dos grãos brasileiros. De janeiro a setembro de 2024 foi exportado o correspondente a 117,8 milhões de dólares. Em 2023, a pimenta chegou a 74 países e os principais destinos de exportação foram Vietnã, Marrocos e Emirados Árabes.

Participaram do evento, além das mil pessoas ligadas à cadeia produtiva da especiaria, o governador do Estado do Espírito Santo em exercício, Ricardo Ferraço; o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli; o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch; o presidente da Associação dos Pipericultores do Espírito Santo (Apes), Francisco Dantas; o prefeito de Jaguaré, Marcos Guerra; o presidente do Crea, Jorge Luís Silva; os deputados federais, Evair de Melo e Gilson Daniel; os prefeitos eleitos de São Mateus e Sooretama, e demais autoridades ligadas ao setor.

O fórum foi realizado pela Brazilian Spice Association (BSA), instituição sem fins lucrativos, composta pelos 31 principais exportadores da especiaria do Brasil. (Por Valda Ravani/AsImp)

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