CULTURA
Governo ES oficializa o Congo como Patrimônio Cultural
Outro momento importante da cerimônia foi a posse dos novos membros do CEC...
Em 21/11/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Na manhã de ontem (20) foi marcante para a cultura capixaba. Em cerimônia no Palácio Anchieta foram realizados três grandes eventos: a entrega da Comenda Rubem Braga, a posse dos novos membros do Conselho Estadual de Cultura e a oficialização do congo do Espírito Santo como primeiro patrimônio imaterial do Estado.
“Nesta gestão passamos a encarar a Cultura como política de Governo e, por isso, realizamos muito. Levamos a arte a quem não tem condições de acesso e fizemos dessa ação uma nova possibilidade para essas pessoas, para ampliar horizontes. Hoje, tornamos o Congo um bem cultural capixaba, para preservar e projetar nossas raízes. E também homenageamos artistas de expressão da nossa Cultura. O mais importante é que trata-se de uma construção coletiva, com a participação de todos, inclusive, do Conselho de Cultura que tomou posse. Parabéns à cultura do Espírito Santo”, destacou o governador Renato Casagrande.
Comendadores
O historiador Fernando Antônio de Moraes Achiamé, o artista plástico Hilal Sami Hilal, o cantor Afonso Abreu, o cineasta Cloves Mendes e o ator Paulo de Paula foram condecorados com a Comenda Rubem Braga, homenagem realizada anualmente pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) para ícones que atuam em prol do desenvolvimento da cultura capixaba.
Em seu discurso, o ator Paulo de Paula, que falou em nome dos homenageados, elogiou a história de cada um deles. “Eu me lembro do Afonso Abreu ainda adolescente, extremamente interessado na música, tocando diferentes instrumentos. Tive a oportunidade de estar presente em seu primeiro trabalho de âmbito nacional, no Rio de Janeiro. Ele é, sem dúvida, um dos mais importantes músicos do Estado. Hilal Sami Hilal, também me lembro quando bem jovem já trabalhava muito bem com papel, tinha um desenho muito firme. Ele já percorre vários países mostrando a sua arte. O Fernando, considero como uma árvore, que ao crescer, de seus galhos, cresceram várias folhas, folhas de histórias, crônicas, poesias e coração. Cláudio Mendes, como cineasta, já foi visto em todo o mundo. É uma honra recebermos esta comenda”, declarou.
Posse
Outro momento importante da cerimônia foi a posse dos novos membros do Conselho Estadual de Cultura (CEC), gestão até 2016. Formado por representantes do Poder Público e da sociedade civil, o CEC é um órgão consultivo vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult) que responde a demandas oriundas da sociedade e atua na normatização da política cultural estadual.
“Me sinto muito feliz em contribuir para a defesa do patrimônio natural, cultural e paisagístico do nosso Estado. Temos muitos desafios pela frente, como a implementação do Plano Estadual de Cultura, a reestruturação do CEC, e a composição de uma lei de apoio aos mestres da cultura popular”, afirmou Alessandro Montenegro Bayer, titular da Câmara de Patrimônio Ecológico, Natural e Paisagístico, em nome dos demais conselheiros.
“O Conselho Estadual de Cultura é um caminho para fazermos um debate maduro e responsável sobre a política cultural do Espírito Santo”, disse o governador Renato Casagrande. Ele garantiu que a posse é uma forma de concluir o Governo reconhecendo o papel do Conselho, que foi aberto desde 01º de janeiro de 2011 e em nenhum momento deixou de ter a sua importância.
O congo
No evento, o governador Renato Casagrande oficializou o congo como o primeiro bem imaterial do Espírito Santo. “Esse reconhecimento vem para agregar e fortalecer o congo, manifestação cultural que fazemos com tanto amor. Estamos focados em compartilhar o aprendizado que tivemos com grandes meses que partiram e não puderam presenciar esse momento tão importante”, declarou o Mestre Vitalino, da Barra do Jucu, Vila Velha.
O secretário de Estado da Cultura, Maurício Silva, agradeceu o governador pelo apoio incondicional. “Temos dado passos sólidos no sentido de construir uma cultura forte. Aliás, antes de querer construir, ela já é forte por natureza. A cultura do Espírito Santo, com a sua diversidade, é a mais expressiva do país. Precisamos criar mecanismos institucionais para que a cultura seja reconhecida em todo o mundo”, ressaltou.
Fonte:Secom ES