ECONOMIA CAPIXABA
Na contramão da crise, Casa do Torresmo abrirá 5 novas unidades
Com o torresmo como carro-chefe, franquia se espalha pela Grande Vitória.
Em 16/07/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Com o torresmo como carro-chefe, a empresa teve sua primeira unidade em 2003, em Jacaraípe, quando ainda era comandada pelo pai de Thiago Wandekokeno.
O isolamento social pode até distanciar os clientes das tradicionais idas aos restaurantes, mas nada impede que apreciem uma boa comida com a família reunida em casa. O clima de almoço de domingo, com a mesa farta, é no que aposta Thiago Wandekoken, proprietário da Casa do Torresmo, rotisseria que vem inaugurando novas lojas mesmo em meio à crise.
Com o torresmo como carro-chefe, a empresa teve sua primeira unidade em 2003, em Jacaraípe, quando ainda era comandada pelo pai do empresário. Em 2015, Thiago, que era colaborador do Sebrae/ES, resolveu deixar o emprego para se dedicar exclusivamente aos negócios da família. O investimento foi um sucesso: o faturamento aumentou, o serviço ganhou ainda mas qualidade e a clientela apelava por mais unidades da Casa do Torresmo. A empresa agora oferece sistema de franquias e está com cinco novas unidades para serem inauguradas até agosto por toda a Grande Vitória.
“Com a expansão, precisamos pensar em ações que contribuam para a qualidade e logística do negócio. O apoio do Sebrae/ES foi e tem sido imprescindível para a minha trajetória como empreendedor. Análise de franqueabilidade, consultoria de marketing, planejamento tributário, desenvolvimento de embalagens pelo Sebraetec, são algumas das atividades estruturadas em parceria com o Sebrae para alavancar a empresa. É muita satisfação e trabalho nos bastidores. É preciso, também, prestar atenção aos feedbacks que recebemos dos clientes, a fim de sempre otimizar e melhorar os nossos serviços”, destaca o empresário.
Receita do caso de sucesso
Para o gerente de competitividade do Sebrae/ES, Luiz Felipe Sardinha, a receita para esse caso de sucesso pode ser o planejamento e o segmento escolhido.
“Dependendo do segmento, investimento é relativamente baixo para se ter um negócio no setor de alimentação. O empreendedor pode começar produzindo até mesmo em casa, desde que observadas as boas práticas de saúde e segurança. É uma alternativa mais acessível. Nesse caso especificamente, um componente muito importante é a visão de planejamento do negócio, das finanças, e o cuidado com a divulgação”.
O negócio de Thiago não precisou de grandes adequações por conta da pandemia. Tradicionalmente, a Casa do Torresmo sempre funcionou apenas com o sistema de retiradas (take away), para que as pessoas viessem ao estabelecimento buscar sua comida fresca, já devidamente embalada e precificada. Hoje, a empresa atende os clientes respeitando as normas de distanciamento e intensificou as orientações de higiene.
Antes com apenas 10 funcionários, a empresa tem a previsão de fechar o ano com 50 colaboradores. Para Thiago, o segredo para tanto sucesso está na disposição em colocar a mão na massa e fazer diferente. Embora esteja adotando o sistema de franquias, o empresário não busca investidores, mas sim, pessoas com espírito empreendedor que estejam determinadas a tocar o negócio de acordo com suas necessidades.
Praticidade
O gerente de competitividade do Sebrae/ES salienta que é importante que o empreendedor se adapte às transformações no comportamento do consumidor.
“As pessoas isoladas em casa querem mais praticidade. O serviço de take away é mais rápido para o cliente que quer ter a comida na hora, em vez de esperar que seja entregue pelo delivery, que pode demorar. Também funciona bem em compras por impulso. Basta entrar na loja e comprar. Uma saída para ir buscar a refeição pode até ser uma desculpa para escapar rapidamente de casa durante a quarentena”, analisa.
Sardinha observa que com o aumento da demanda pelo tipo de produto comercializado pela Casa do Torresmo, é natural que seja um negócio mais atrativo como franquia.
“O modelo do negócio já funciona, por isso existe um risco menor de insucesso e possibilidade maior de sucesso. Além disso, trata-se da venda de bens de primeira necessidade, num momento em que as pessoas estão cortando os superfluos”.
Além da fronteira
O trabalho de Thiago tem chamado a atenção fora do Espírito Santo. Uma franquia será aberta em São Paulo, e a empresa tem uma lista de espera para atender possíveis franqueados de outros estados. A Casa do Torresmo está preparando um novo local para aumentar a capacidade de produção da rotisseria. Além do torresmo crocante, a casa também conta com as versões em barriguinha e em rolo, novidade do negócio. Galetos, salpicão e bolinho de linguiça com jiló também são estrelas para acompanhar aquela boa refeição em família.
Para os negócios em que existe o contato físico com a clientela, a atenção com os protocolos de funcionamento deve ser ainda maior. O Sebrae tem uma série de protocolos que podem ser acessados em seu portal. Vale ressaltar que os documentos oferecerem orientações para auxiliar os empreendedores na retomada das atividades, conforme as medidas estipuladas pelo Governo do Estado. Cada empresário precisa ficar atento às regulamentações de seu setor. (Por Gabriela Jucá e Marcella Andrade - Assessoria de Comunicação Sebrae/ES)