CULTURA
Pedra Azul(ES) recebe a primeira sessão do 21º Vitória Cine Vídeo Itinerante.
Essa iniciativa percorrerá cinco municípios de diferentes regiões do Espírito Santo.
Em 14/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Neste sábado (17/10), às 19 horas, Pedra Azul, em Domingos Martins, recebe o evento de abertura do 21º Vitória Cine Vídeo Itinerante. Agregando turismo, lazer e cultura por meio do audiovisual, essa iniciativa percorrerá cinco municípios de diferentes regiões do Espírito Santo com uma programação de filmes para todos os gostos. Nessa primeira sessão, será exibido o longa-metragem O Sal da Terra, filme sobre o fotógrafo Sebastião Salgado dirigido pelo diretor alemão Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado, filho do personagem tema e que estará presente na exibição.
Nas outras sessões, que seguem até o próximo dia 24 de outubro, será exibida uma seleção de curtas-metragens nos gêneros animação, documentário e ficção. Todas as exibições são gratuitas e acontecerão em praças, ruas e outros locais ao ar livre.
Para alguns espectadores, essa será a primeira vez em que assistirão a um filme na telona já que as exibições recriam uma sala de cinema com equipamento de projeção e de som adequados e acontecem em algumas localidades que não dispõem de cinema. Para Lucia Caus, diretora do 21º Vitória Cine Vídeo Itinerante, essa iniciativa, além de ser um excelente lazer cultural, contribui com a democratização e com a formação de plateias para o cinema nacional. “As sessões itinerantes promovem encontros emocionantes entre o público com os filmes brasileiros. Por se tratar de uma evento cultural acessível a uma faixa etária ampla, as exibições se tornam uma atividade vivenciada por toda a comunidade. É bem comum notarmos que famílias inteiras, amigos e vizinhos se juntam para prestigiar os filmes exibidos”, conta Lucia.
Sobre o Sal da Terra
Indicado ao Oscar de 2015 na categoria de melhor documentário, O Sal da Terra narra a trajetória de um dos mais importantes fotógrafos da atualidade: o mineiro Sebastião Salgado. O filme vai além da documentação biográfica e revela também o trabalho grandioso deste homem que se tornou um importante ambientalista. Nos últimos 40 anos, Sebastião Salgado viajou através dos continentes e testemunhou alguns dos principais eventos de nossa história recente. Ele agora descobre territórios imaculados como parte de um enorme projeto fotográfico. Uma homenagem à beleza do planeta.
O Sal da Terra ganhou o Prêmio Especial na Mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2014, onde fez a sua exibição de estreia, foi indicado para Independent Spirit Awards 2015 e escolhido para abertura do Festival do Rio 2014.
Curtas-metragens nacionais
Após o evento de abertura em Domingos Martins, será a vez de Cariacica, Marataízes, Conceição da Barra e Serra receberem as sessões do 21º Vitória Cine Vídeo Itinerante. Nesses municípios, será exibida uma seleção de cinco curtas-metragens brasileiros recentemente produzidos. A produção amazonense Se Não..., de Moacyr Freitas, é uma ficção que aborda o imaginário infantil sobre o velho do saco. Vindo do Rio de Janeiro, o curta A Culpa é do Neymar, de João Ademar, é outra ficção e tem como personagem Jair, um botafoguense fanático que entra em delírio ao descobrir que o filho torce pelo Santos. À Festa. À Guerra, de Humberto Carrão Sinoti, é mais uma ficção do Rio de Janeiro que propõe um olhar crítico sobre a política de uma cidade em meio ao carnaval. A animação Até a China, de Marcelo Marão, é outra produção fluminense cujo personagem vive aventuras e estranhamentos durante uma viagem para a China. O curta que fecha a seleção é o capixaba Insular, de Tati W. Franklin, documentário que lança um olhar sobre o modo de vida de uma família que mora em uma ilha.
O 21° Vitória Cine Vídeo Itinerante é uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), e conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal e da Rede Gazeta. Essa iniciativa também conta com a parceria da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, com o apoio cultural do Instituto Sincades e com a parceria das prefeituras locais.
21° Vitória Cine Vídeo Itinerante
ROTA
17/10 - Pedra Azul - Domingos Martins (ao lado do Posto dos Morangos)
18/10 - Marataízes (na Praça Central em frente à Igreja Católica)
21/10 - Campo Grande - Cariacica (na Praça Central)
23/10 - Itaúnas - Conceição da Barra (em frente à Igreja de São Sebastião)
24/10 - Manguinhos - Serra (Praça de Manguinhos)
IMPORTANTE: todas as sessões acontecem às 19 horas e são abertas ao público
PROGRAMAÇÃO
O Sal da Terra* (Documentário / 110 minutos / 2014 / Brasil, França e Itália / Classificação Livre), de Win Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. Sinopse: nos últimos 40 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado tem viajado através dos continentes, aos passos de uma humanidade sempre em mutação. Ele testemunhou alguns dos principais eventos da nossa história recente; conflitos internacionais, a fome e o êxodo. Ele agora embarca na descoberta de territórios imaculados, da flora e da fauna selvagem e de paisagens grandiosas como parte de um enorme projeto fotográfico. Uma homenagem à beleza do planeta. Vida e obra de Sebastião Salgado são reveladas a nós por seu filho, Juliano, e pelo renomado diretor Wim Wenders.
* Este filme será exibido apenas na sessão de abertura em Pedra Azul, Domingos Martins.
Se Não… (Ficção / 16 minutos / Amazonas / 2015 / Classificação Livre), de Moacyr Freitas. Sinopse: Zé Ninguém é o velho do saco, que vive no imaginário das crianças daquela cidadezinha do interior. João, Juca, Guilherme e Marquinhos, em suas brincadeiras do cotidiano, estão sempre às voltas com o tal Zé Ninguém e, na casa da arvore, esse é o assunto que domina a roda de conversa. Um dia, o sumiço do robô de Guilherme, faz com que ele acuse João de ter pegado o robô, pois João o cobiçava. Mas João se limitava a falar que foi o velho do saco. Passado alguns anos os colegas se separaram, mas Guilherme ainda tem aquela duvida se foi o João ou não, quem pegou o tal robô. Já como médico, Guilherme é chamado para atender a uma urgência, e ao se deparar com o corpo de um desconhecido, ele passa a reviver todas as suas lembranças de infância.
A Culpa é do Neymar (Ficção / 10 minutos / Rio de Janeiro / 2015 / Classificação Livre), de João Ademar. Sinopse: o curta, que se passa no ano de 2011, apresenta a história de Jair, um botafoguense fanático que entra em delírio ao descobrir que Túlio, seu único filho, influenciado pela Neymarmania, passou a torcer pelo Santos. Nesse contexto, Sandra, sua esposa, buscará todas as alternativas para trazer o marido à razão e restaurar a paz familiar.
À Festa. À Guerra (Ficção / 17 minutos / Rio de Janeiro / 2015 / Classificação Livre), de Humberto Carrão Sinoti. Sinopse: um prefeito de uma cidade que está passando por muitas greves e manifestações assume uma estratégia para atrair investimentos: encomendar de uma escola de samba do carnaval do Rio de Janeiro um desfile que fale de sua cidade. O que ele não sabia e agora parece intuir é que o carnaval não é somente festa e alegria.
Até a China (Animação / 15 minutos / Rio de Janeiro / 2015 / Classificação Livre), de Marcelo Marão. Sinopse: Fui pra China só com bagagem de mão. Na China os motociclistas usam casaco ao contrário e os restaurantes servem cabeças de peixe, lagostins e enguias. A funcionária do evento estuda cinema e gosta de filmes de Kung Fu. Comprei pés de galinha embalados a vácuo.
Insular (Documentário / 16 minutos / Espírito Santo / 2015 / Classificação Livre), de Tati W. Franklin. Sinopse: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo.” (John Donne). Curta-metragem que convida o espectador a imergir o olhar no modo de vida de uma família que mora em uma ilha. É um filme de significado livre, cabe ao espectador preenchê-lo e permitir a experiência do contato com esse universo.