MEIO AMBIENTE
Pesquisadores estudam bichos-preguiça do Morro do Moreno, ES.
Objetivo é conscientizar sobre preservação e uso racional do espaço.
Em 21/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Um grupo de pesquisadores começou a estudar o comportamento de bichos-preguiça existentes no Morro do Moreno, em Vila Velha, na Grande Vitória. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação e do uso racional do espaço.
Durante a pesquisa, foram encontrados dois animais de uma espécie rara ameaçada de extinção.
“Essas espécies ocorrem no estado da Bahia, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Há poucos dias, a gente percebeu que, em Sergipe, foi descrito esse animal, que é o vulgo preguiça de coleira”, falou o ambientalista Petrus Lopes.
Por causa do grande fluxo de pessoas no Morro do Moreno, dos incêndios constantes e da importância biológica dos animais, o grupo decidiu iniciar a pesquisa.
“Isso fez com que a gente convidasse alunos da Universidade Vila Velha para fazer um fomento de uma pesquisa aplicada, em que seria levantado o comportamento deste animal, para a gente entender o que o afeta e o que precisa ser feito em relação ao manejo, ao controle dos usuários do morro e ao combate aos incêndios, porque, no ano passado (2015), a gente retirou quatro animais mortos daqui, sendo alguns pós incêndio”, falou Lopes.
Segundo a pesquisadora Bruna Pissinatti, a presença de visitantes influencia nas atividades do dia a dia dos animais, como a alimentação.
“Quando ele ouve um barulho estranho, ele sente a presença de outras pessoas e se embola na árvore, fica escondido e não realiza sua alimentação, não desce para defecar e não realiza as atividades normais do dia a dia. Sem contar que influencia também na presença de pulgas e carrapatos no animal, que são associados a animais domésticos e vêm com a comunidade”, disse Bruna.
O ambientalista contou que a análise dos animais começou em 2009, mas, com a morte de quatro animais, em 2015, foi iniciada uma pesquisa avaliativa.
“Agora, com esse corpo que estamos construindo com as alunas, a gente pretende manter a pesquisa constantemente, até que haja alguma melhora”, destacou.
Fonte: g1-ES