ECONOMIA NACIONAL
Presidente da Febraban defende autonomia do Banco Central
Segundo Sidney, os efeitos da inflação são mais perceptíveis nas classes menos favorecidas
Em 03/11/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Ele lembrou que o Risco Brasil cresceu cerca de 60% esse ano e que a Bolsa de Valores já tem o “pior desempenho na comparação com países avançados e emergentes”.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, defendeu hoje (3) a autonomia do Banco Central, enquanto regulador bancário, na condução da política monetária, e convocou as instituições financeiras no desafio de ajudar a autoridade monetária a combater a inflação.
“Não há alternativa ao BC, senão reagir ao processo inflacionário que tem, além de fatores externos, [a influência de] fatores internos que a potencializam”, disse na apresentação da plataforma para ajudar as pessoas a melhor planejar suas finanças.
De acordo com Sidney, os efeitos da inflação são mais perceptíveis nas “classes menos favorecidas”.
“Temos de reconhecer que o BC sozinho não conseguirá vencer essa batalha. Há outros atores que influenciam os andamentos da economia”, alertou referindo-se aos recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal. “[A questão dos] Precatórios e o Auxílio Brasil causaram sensação de que a política fiscal foi quebrada, mas confio que Guedes [ministro Paulo Guedes, da Economia] e equipe vão manter compromissos da política fiscal”.
Ele lembrou que o Risco Brasil cresceu cerca de 60% esse ano e que a Bolsa de Valores já tem o “pior desempenho na comparação com países avançados e emergentes”.
“Precisamos ser capazes para não deixar os agentes econômicos consolidarem o risco percebido de que a âncora fiscal pode ter sido abandonada”, argumentou ao lembrar que o país ainda sofre “efeitos severos da pandemia”, disse.
“A mensagem que deixamos é de que o espaço que precisa ser aberto para o Auxílio Brasil e para os precatórios não pode representar o fim do arcabouço fiscal. É preciso definir quais são os valores para o auxílio e para os precatórios, de forma a não serem excedidos. E precisamos reduzir o déficit primário de 2021”, concluiu. (Por Pedro Peduzzi/Agência Brasil)
Leia também:
> Limitações nas cadeias produtivas devem perdurar até 2022
> Petrobras rebate Bolsonaro e diz que não antecipa reajustes
> Mercado financeiro estima inflação de 9,17% para este ano
> Fraudes contra os clientes de bancos crescem 165% em 2021
> Petrobras tem lucro líquido de R$ 31 bilhões no 3º trimestre
> Governo e estados congelam o ICMS sobre os combustíveis
> China registra desaceleração e cresce 4,9% no 3º trimestre
> Pandemia aumentou dívida de países emergentes, diz BM
> Redução da tarifa do Mercosul aliviará a inflação, diz Guedes
> Brasil e Argentina fecham acordo para cortar tarifa do Mercosul
TAGS: BANCO CENTRAL | FEBRABAN | AUTONOMIA | POLÍTICA MONETÁRIA | INFLAÇÃO