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Pró-Matre de Vitória (ES) suspende atendimento por falta de recursos.

No momento a maternidade só atende as mães e os bebês que já estão internados.

Em 24/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O atendimento na maternidade Pró-Matre em Vitória está suspenso desde a sexta-feira (21). O motivo do fechamento está ligado a falta de recursos para pagar médicos que já trabalham, e para contratar outros necessários para as mais de 400 gestantes atendidas por mês no local. No momento só que já está internado é atendido.

A Pró-Matre é uma maternidade filantrópica que existe há mais de 76 anos. Com o fechamento que mais sofre é a população. A falta de recursos para manter os atendimentos no local já aconteceram inúmeras vezes. No momento a maternidade só atende as mães e os bebês que já estão internados.

Boa parte do hospital está desativada com os leitos que estão vazios e as salas de parto e centros cirúrgicos sem funcionar. O diretor técnico da maternidade, Hélcio Menezes Couto, explica que para voltar a atender a maternidade depende do repasse dos Governos Federal e Estadual.

“Hoje graças a Deus o salário dos funcionários estão em dia, mas os dos médicos não. Eles estão em média com três meses de salário atrasados” contou Menezes.

O diretor ainda disse que a prefeitura de Vitoria há meses também não realiza o repasse de recursos. “Eu acho que a prefeitura tem condições de ajudar melhor a Pró-Matre”, disse o diretor.

Grávida de sete meses, a atendente Vanessa Silva, de 19 anos, veio de ônibus do bairro Vila Graúna, em Cariacica , região Metropolitana de Vitória, com muitas dores. Mas ao chegar na Pró-Matre ela não conseguiu atendimento.
           
“É complicado porque a gente vem na expectativa de receber atendimento e infelizmente eu vou ter que esperar outro hospital. Eu estou sentindo muita dor de cabeça, com muito enjôo e dor o pé da barriga também”, contou Vanessa.

Outra jovem também veio de longe para tentar se consultar na maternidade. A gestante Gise Pires saiu de Jacaraípe, na Sera, região Metropolitana de Vitória pata ir a unidade. Ela tem uma gravidez de risco, que requer cuidados especiais, mas ela também não pôde entrar na maternidade.

“É muito complicado porque o próprio médico pediu para eu retornar, porque ele precisa me acompanhar. Eu tenho que vir toda semana, porque eu estou perdendo líquido, e chego aqui encontro uma situação dessas”, disse Gise.

O aposentado Miguel Siqueira que acompanhava Gise falou indignado sobre o que acha da situação. “É um descaso muito grande com a população e com a saúde. O Brasil que tinha tudo para ser um país de primeiro mundo, devido aos nossos políticos ficamos nessa situação”, contou Siqueira.

Fonte: G1-ES