MEIO AMBIENTE
Programa é destaque em intercâmbio internacional de restauração ecológica
É a iniciativa do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, desenvolvido em área da Fibria.
Em 24/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Profissionais de instituições ambientais renomadas da China, Guatemala e Indonésia participam nesta quinta-feira (24) de uma visita técnica à Fibria, em Aracruz (ES). Eles estão conhecendo o trabalho de restauração ambiental desenvolvido pela empresa, o monitoramento ecológico de áreas restauradas em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) e o experimento de cultivo de árvores nativas consorciado com eucalipto, iniciativa do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, desenvolvido em área da Fibria no município de Aracruz.
Além da Fibria, o grupo que participa do intercâmbio está visitando outras instituições em cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A organização do intercâmbio está a cargo da WRI (World Resources Institute), IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), Imazon e do Ministério do Meio Ambiente.
A programação do Intercâmbio Internacional, iniciada no último dia 17, também inclui seminários que discutirão como o país vem atuando na temática de restauração ambiental, com o objetivo de trocar experiências de iniciativas em curso e políticas relacionadas à restauração em escala de paisagem local, regional e nacional, e identificar sinergias. O grupo é composto por oito profissionais da China, sete da Indonésia, quatro da Guatemala e brasileiros.
Restauração e monitoramento
Juliano Ferreira Dias, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Fibria, considera a visita do Intercâmbio Internacional de Restauração no Brasil como um reconhecimento ao trabalho ambiental realizado pela empresa nos últimos anos. Desde 2010, por meio de seu Programa de Restauração Ambiental, a empresa já implementou 13 mil hectares de Mata Atlântica no Espírito Santo, noroeste de Minas Gerais e sul da Bahia. Para isso, foram plantadas mais de 6 milhões de árvores de diferentes espécies nativas. Até 2025, deverão ser restaurados mais de 40 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado nas áreas da empresa distribuídas nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Para conduzir o monitoramento ecológico em suas áreas de restauração, a Fibria assinou, no ano passado, um acordo de cooperação técnica com a The Nature Conservancy (TNC). A organização promove coleta de dados em campo e está desenvolvendo um aplicativo para Android, coletor de dados, baseado num protocolo de monitoramento, para substituir as planilhas de papel, reduzindo custos e facilitando a coleta e a análise dos dados.
Eucalipto e nativas
Outro projeto apresentado aos profissionais estrangeiros durante a visita é o Cultivo de Árvores Nativas consorciado com Eucalipto, visando redução dos custos de restauração, cujo plantio custa em torno de R$ 12 mil por hectare em 5 anos, incluindo a manutenção. O experimento, que tem o apoio da Fibria, é uma iniciativa do Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal e do Laboratório de Silvicultura Tropical da Universidade de São Paulo. O projeto ocupa uma área de 11,3 hectares de propriedade da Fibria, em Aracruz, na qual 40 espécies nativas da Mata Atlântica e o eucalipto foram plantados, em junho de 2011.
As espécies nativas foram organizadas em grupos de ciclo de colheita inicial, médio e final, visando a um fluxo estável de produção de madeira. Oito modelos estão sendo testados, com cinco repetições cada, 240 plantas por parcela e espaçamento de 3 x 3 metros. Esse ensaio de campo visa ao desenvolvimento e teste de modelos de plantio de espécies nativas, incluindo o uso do eucalipto como uma espécie pioneira, para assegurar conformidade ambiental e retorno econômico em Reservas Legais e em áreas com baixo potencial agrícola no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
Ascom/Fibria