CULTURA
Ruínas históricas do Trapiche são restauradas em Marataízes
A construção é uma das mais importantes do século XIX do município de Marataízes, Sul do ES.
Em 09/06/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Mesmo após seu tombamento como patrimônio cultural do Espírito Santo, em 1998 – quando a construção histórica das ruínas do Trapiche foi doado pela família ao Município de Marataízes –, nenhuma providência foi tomada por qualquer das diversas administrações municipais desde então.
Uma das mais importantes construções do século XIX do município de Marataízes atualmente vem passando por um minucioso processo de restauração. Trata-se das ruínas do Trapiche, que, aos poucos, vai ganhando novo aspecto, graças ao trabalho de recuperação do arquiteto Genildo Coelho Hautequestt Filho e da restauradora Michelini Braga.
Esse processo contempla o escoramento das ruínas e a consolidação e a restauração dos elementos decorativos remanescentes, como as pinturas especiais que originalmente cobriam todas as paredes internas. Segundo Genildo Coelho, o objetivo da obra é paralisar o processo de arruinamento da edificação, que se agravou muito após o incêndio ocorrido em 1987. Esse incêndio aconteceu porque o prédio já havia sido abandonado há muitos anos pela família que detinha sua propriedade.
Patrimônio cultural
Mesmo após seu tombamento como patrimônio cultural do Espírito Santo, em 1998 – quando foi doado pela família para a municipalidade –, nenhuma providência foi tomada por qualquer das diversas administrações municipais desde então. Isso fez com que o estado de deterioração se agravasse ainda mais, resultando no desabamento quase completo da edificação.
“Agora, depois de tantas décadas de abandono, enfim a Prefeitura de Marataízes está cuidando desse importante patrimônio. Preservar o que ainda resta do Trapiche é preservar a história e a memória de todos os capixabas”, destaca o arquiteto restaurador Genildo Coelho.
O Trapiche foi construído na segunda metade do século XIX pelo Barão de Itapemirim, em Marataízes, Sul do Espírito Santo. Foto: Luan Volpato/Divulgação
O Trapiche foi construído na segunda metade do século XIX pelo Barão de Itapemirim, um dos maiores traficantes de pessoas escravizadas do estado, e depois foi adquirido por Simão Soares, comerciante responsável pela navegação no rio Itapemirim à época. A construção faz parte de um importante conjunto arquitetônico local, que também é constituído pelo Palácio das Águias e pela Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. Essas três edificações eram as que mais se destacavam no porto de Barra do Itapemirim, um dos mais importantes e movimentados do Espírito Santo até os primeiros anos do século XX.
“Essa obra está ‘salvando’ o que ainda resta de uma edificação que é referência histórica, econômica e cultural do Espírito Santo e do Brasil”, disse a restauradora Michelini Braga, .(Por Luan Faitanin Volpato)
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