SAÚDE

Testagem e tratamento contra a Sífilis é gratuito pelo SUS

O teste para a Sífilis pode ser feito em unidade básica de saúde da rede pública ou nos CTA.

Em 17/10/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

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No Espírito Santo, até final de julho de 2024, foram notificados 451 casos de Sífilis Congênita; 1.715 casos de Sífilis em gestantes; e 4.201 casos de Sífilis adquirida.


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O terceiro sábado de outubro é marcado anualmente pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que visa a conscientizar sobre os riscos da doença e a enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados. Neste ano, a data será lembrada no próximo sábado (19).

>> Saúde intensifica ações para reduzir casos de sífilis congênita

No Espírito Santo, até final de julho de 2024, foram notificados 451 casos de Sífilis Congênita; 1.715 casos de Sífilis em gestantes; e 4.201 casos de Sífilis adquirida. Em 2023, foram notificados 808 casos de Sífilis Congênita; 2.618 casos de Sífilis em gestantes; e 8.129 casos de Sífilis adquirida. 

A testagem para a detecção da Sífilis e o tratamento contra a sífilis, assim como para HIV e as hepatites B e C, são ofertados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O teste para a Sífilis pode ser feito em unidade básica de saúde da rede pública ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Prático e rápido, ele é realizado por profissionais de saúde, que tiram apenas uma gota de sangue da ponta do dedo do paciente para análise do material. O resultado é disponibilizado em até 30 minutos.

O tratamento, também ofertado pela rede pública, é feito com o antibiótico penicilina benzatina, um medicamento seguro. Para que a infecção seja totalmente eliminada, o paciente não pode abandonar o tratamento antes do fim.

Já as gestantes e suas parcerias sexuais devem realizar o teste de sífilis e da hepatite B durante o pré-natal. A Sífilis pode ser transmitida da gestante para o bebê e, por isso, é importante a realização dos testes para que possam ser feitos os procedimentos de prevenção da transmissão vertical, isto é, casos de sífilis congênita.

Em casos de Sífilis Congênita, o diagnóstico deve avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais. O tratamento é realizado com penicilina cristalina ou procaína, durante dez dias.

Sobre a Sífilis

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela geralmente não tem sintomas, mas quando apresenta, pode ser de variadas manifestações clínicas, de acordo com o estágio (sífilis primária, secundária, latente e terciária).

A depender do estágio da doença, a pessoa infectada pode desenvolver formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, que, se não houver o tratamento adequado, pode causar complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

Risco para o bebê

É importante lembrar que a infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, no que se caracteriza a Sífilis Congênita.

No Espírito Santo, o cenário epidemiológico da Sífilis Congênita é tido como prioridade, com ações definidas por meio da implementação do “Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita no Espírito Santo”.

Isso se deve uma vez que os dados apontam para um aumento de casos de Sífilis Congênita no Estado nos últimos anos. As estatísticas demonstram que, no período entre 2012 a 2017, a incidência de Sífilis Congênita teve aumento progressivo. Trabalhos intensos desenvolvidos em parceria do Estado com os municípios fizeram com que esta incidência reduzisse, mas em 2021 voltou a crescer, fechando o ano de 2023 com 16 casos de Sífilis Congênita para cada 1.000 nascidos vivos. O número de casos em 2023 é superior à média nacional e ao número de casos indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Desta forma, a implementação do Plano visa controlar este cenário, principalmente interromper a cadeia de transmissão vertical, uma vez que a sífilis na gravidez pode ter como consequências natimortalidade, prematuridade, baixo peso ao nascer, doença neonatal e infecções no recém-nascido.

Para evitar esse desfecho, é importante que as gestantes façam o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, se o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente, tanto a mãe quanto a parceria sexual, para evitar a transmissão, com o uso de medicação. (Com informações da SESA)

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