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Tragédia do Morro do Macaco, em Vitória, completa 40 anos
Ato ecumênico em homenagem às vítimas da tragédia do Morro do Macaco, em Vitória.
Em 16/01/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Marcos Salles/Divulgação/Prefeitura de Vitória
A tragédia, ocorrida em 15 de janeiro de 1985, na região do Morro do Macaco, Vitória, foi marcada pelo deslizamento de uma pedra com aproximadamente 150 toneladas, que destruiu dezenas de casas e levou 40 pessoas a óbito, além de ter deixado 150 feridos e mais de 600 famílias desabrigadas.
A esperança de que o passado não se repetirá é o que mantém a fé e motiva os moradores de Alto Tabuazeiro a seguirem a vida. No dia 15 de janeiro de 1985, o deslizamento de uma pedra marcou a história da região do Morro do Macaco. Nesta quarta-feira (15), exatos 40 anos depois da tragédia, foi realizado um ato ecumênico em lembrança das vidas que foram perdidas.
A tragédia foi marcada pelo deslizamento de uma pedra com aproximadamente 150 toneladas, que destruiu dezenas de casas e levou 40 pessoas a óbito, além de ter deixado 150 feridos e mais de 600 famílias desabrigadas.
O ato ecumênico desta manhã trouxe muita emoção e reflexão aos presentes, sendo relembrados os momentos de sofrimento vividos pelos moradores da região, que até hoje lidam com as consequências da tragédia. Apesar da triste história da região, atualmente, o local recebe inúmeros investimentos que transformam o bairro em um local seguro e com qualidade habitacional.
Após o momento de reflexão, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, assinou o contrato que fornece recursos para novas obras de serviço e de contenção de encostas para o município de Vitória, inclusive a região de Alto Tabuazeiro, com investimento de R$ 10 milhões. Serão 15 obras de contenção de encostas em sete bairros da cidade: Forte São João; Consolação; Gurigica; Grande Vitória; Bonfim; Conquista e Jesus de Nazareth.
Segundo Pazolini, esse investimento zera o déficit de intervenções necessárias para minimizar o risco geológico em Vitória, mapeados até o momento.
"Nós trabalhamos muito para que essa história não se repita em nenhuma comunidade, por isso nós nos preparamos para investir em segurança. Eu sinto em cada abraço e em cada olhar que, nesse momento, os moradores da região poderão ter uma vida tranquila, depois de todo o investimento que estamos fazendo para mudar a realidade deste local. O nosso compromisso é continuar tendo responsabilidade com dinheiro público, investindo onde é preciso."
História
Durante o evento, os moradores da região que presenciaram a tragédia da época compartilharam suas vivências e emoções com todos os presentes. Glória Rosa Rodrigues, nascida e criada na região, afirma que as chuvas da época eram muito fortes e deixaram fortes marcas em todos os moradores.
"Na época, até os moradores ajudaram os bombeiros a recuperar as vítimas, mas muitas já tinham partido. Foi tudo muito triste, fico mal de lembrar dos conhecidos que perdi na época, muitos não conseguiram ajuda e agora nossa esperança é confiar que isso não se repita."
Creusa Rodrigues mora no bairro há 54 anos e também presenciou a tragédia.
"Quando eu escutei o barulho, eu levantei e subi para o morro para salvar a todos que pediam socorro. A tragédia foi muito triste e me dói no coração até hoje, mas ainda tenho fé que agora teremos saúde e paz aqui no bairro."
Adilson Frederico foi um dos moradores que perderam seus familiares.
"Quero agradecer o apoio que nós recebemos ao sermos levados para Feu Rosa, junto com outras famílias. Infelizmente minha esposa e meu filho não foram encontrados e faleceram na tragédia. Apesar de todas as tristezas, ainda temos fé."
Na época do acontecimento, quase 200 famílias foram levadas para um conjunto residencial no bairro Feu Rosa, na Serra. Mais tarde, algumas delas passaram a receber um aluguel social, oferecido pela Prefeitura de Vitória.
Obras de contenção
Além da fé e da esperança, os moradores contam com o apoio da Prefeitura, que atua em diferentes frentes para fornecer segurança para a região. Atualmente, não há nenhuma área de risco alto ou muito alto no local, pois três obras de contenção foram executadas pela atual gestão.
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