ECONOMIA CAPIXABA
Vendas no Espírito Santo recuam em 2017
Apesar disso, os bons resultados conquistados ao longo do ano renovam os ânimos.
Em 19/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Ao longo de boa parte do ano de 2017 foram registrados crescimentos mensais nas vendas do comércio restrito do Espírito Santo. Dados importantes para manter uma tendência positiva que se reverteu dois últimos meses do ano, registrando recuo de 2,7% em dezembro, em relação a novembro, após retroceder 1,6% em novembro frente a outubro, o que influenciou no resultado final do ano. Na comparação entre dezembro de 2017 houve recuo de 1,5% na comparação com o mesmo mês de 2016.
No entanto, no conceito de comércio ampliado, que inclui os resultados das vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o desempenho em dezembro foi positivo, com alta de 7,3% em relação a dezembro de 2016.
Na avaliação do presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, os resultados em 2017 confirma que a atividade já se encontra em processo de recuperação, embora de forma muito gradual. “Por isso é esperado que em 2018 esse processo ganhe mais ritmo de forma a tentar recuperar cada vez mais as perdas acumuladas. Os níveis atuais de inflação e juros, historicamente baixos, poderão auxiliar na reação do setor. Cabe registrar que os anos de 2015 e 2016 acumularam, juntos, retração de 18,3% no comércio restrito e 31,2% no comércio ampliado”, diz.
Expectativas para 2018
Com esse resultado, o fechamento do ano de 2017 para o comércio capixaba, na modalidade restrita, acumulou uma retração de 2,3%. Já no comércio ampliado, houve crescimento de 6,9% em 2017.
De forma geral, o cenário ainda inspira cuidados e tem muitos entraves a serem superados. O fato de 2018 ser um ano eleitoral também influencia o ambiente de confiança de todos os agentes econômicos em relação aos rumos do país. Nesse contexto, a recuperação dos empregos é o grande desafio na direção da retomada do consumo das famílias e da melhora na situação de endividamento e inadimplência das mesmas.
Brasil
Para o varejo brasileiro, os resultados foram positivos tanto no varejo restrito (+2,0%) quanto no ampliado (+4,0%). Esses resultados foram significativamente melhores que os registrados nos anos de 2015 e 2016.
(Foto: Pablo Jacob / O Globo)