Vila Velha e Serra aumentam arrecadação de IPTU em 2015.

Levantamento feito pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas, da Aequus Consultoria, apontou que Vila Velha e Serra conseguiram aumentar a arrecadação do IPTU, em 2015, impactando positivamente nos números gerais do conjunto dos municípios. No período, a receita com o tributo das cidades do Espírito Santo foi de R$ 246,4 milhões, um aumento de 6,4% se comparado com 2014, em valores corrigidos pelo IPCA.

Vila Velha, que conseguiu ultrapassar Vitória e ocupar a primeira colocação em arrecadação de IPTU do Estado, teve um incremento de 18% na sua receita com o imposto, o que resultou num adicional de R$ 9,9 milhões. Já Serra teve um acréscimo de R$ 4,8 milhões, com um crescimento de 15,9%, motivado pelo recadastramento imobiliário e lançamento de novos loteamentos no município.

Por outro lado, segundo a economista e editora da publicação, Tânia Villela, ao excluir as duas cidades da análise, o IPTU dos municípios capixabas teria ficado estagnado, com variação de apenas 0,1%. Dos 77 municípios com informações disponíveis até a data de fechamento do anuário, 38 registraram perdas que variaram de 1% a 83%.

As maiores quedas, em termos relativos, foram em Brejetuba (-82,8%), Fundão (-54,3%), Ponto Belo (-32,1%), Montanha (-29,3%), Pancas (-19,8%), Irupi (-19,6%), Ecoporanga (-18,1%) e Ibiraçu (-15,7%). A arrecadação de Brejetuba, com 12.755 habitantes, foi quase que nula: passou de R$ 60,4 mil, em 2014, para R$ 10,4 mil, em 2015. Em valores per capita, recolheu-se apenas R$ 0,81, em 2015.

Já em termos absolutos, a maior queda foi em Fundão, de R$ -784,6 mil, com sua receita passando de R$ 1,4 milhão, em 2014, para R$ 660,1 mil, em 2015. Em seguida, estão os recuos ocorridos em Vitória (R$ -645,4 mil), Aracruz (R$ -479,7 mil), Cariacica (R$ -410,3 mil) e Colatina (R$ -136,4 mil).

Villela atribui o fraco desempenho na arrecadação do IPTU à falta de investimentos na máquina arrecadadora e à crise econômica, que deve ter aumentado o nível da inadimplência.

Fonte: C2 Comunicação