SAÚDE

Vitória (ES) registra surtos de caxumba e casos aumentam em 153%.

Em agosto foram 41 pessoas infectadas, passando para 104 em outubro.

Em 10/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O município de Vitória registrou um aumento de 153% nos casos de caxumba em apenas dois meses, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Em agosto foram 41 pessoas infectadas, passando para 104 no mês de outubro. Só na última semana foram 41 notificações.

De acordo com a secretaria, dez surtos foram registrados de julho até agora. Nesses casos, as pessoas são infectadas em um mesmo ambiente. O administrador Alessandro Almeida, de 36 anos, teve caxumba recentemente. Ele disse que ficou sete dias longe do trabalho.

“Senti muita dor de cabeça e febre. E nos dias seguintes quando você vai comer alimentos sólidos dói bastante. Então, a gente passa a comer apenas coisas líquidas, como sopas”, explicou.

A transmissão do vírus que causa a doença acontece por meio da saliva. O infectologista Tálib Moussalen explica que os sintomas são febre, dor de cabeça e no corpo, e o conhecido inchaço no pescoço. Em alguns casos, no entanto, a situação pode se agravar.

“A caxumba pode provocar: nos homens, inflamação nos testículos e uma pequena parcela infertilidade; inflamação no pâncreas; nas mulheres, inflamação das mamas e ovários. Felizmente a pior complicação é mais rara, que é a inflamação do cérebro”, explicou.

Prevenção
A caxumba também pode causar meningite, porém de forma benigna. A prevenção da caxumba é feita por meio de vacina, aplicadas gratuitamente nas unidades de saúde. De acordo com o infectologista, os casos aumentaram devido à falta de prevenção.

“São pessoas não vacinadas, aquelas inadequadamente ou não tiveram resposta à vacina. Você forma uma população suscetível ao vírus e chegamos nesse momento em Vitória”, disse.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse, em nota, que não contabiliza ou notifica os casos e por isso não há um número geral de infectados no Espírito Santo, já que o Ministério da Saúde não obriga a notificação. Apenas os casos de surto são acompanhados.

Fonte: g1-ES