MEIO AMBIENTE
Vitória pode sediar Centro de Educação Ambiental do Meros Brasil
O mero é protegido pela portaria interministerial MPA/MMA Nº13, de 2 de outubro de 2015
Em 15/05/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Vitória pode receber o primeiro Centro de Educação Ambiental do projeto Meros do Brasil, no Parque Dom Luiz Gonzaga, popularmente conhecido como Baía Noroeste.
A ideia foi discutida durante reunião entre o secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, com representantes do projeto Meros Brasil e da ONG Ekobé Brasil, localizados em São Mateus.
Durante o encontro, ficou clara a necessidade de o projeto ter uma base de estudos e pesquisas em Vitória, pois já está em nove estados e somente no Espírito Santo não está instalado em uma capital.
Por solicitação do secretário, a Coordenação de Monitoramento Costeiro e Ecossistemas fará estudos para apresentar o mais rápido possível um projeto de criação de uma unidade de educação ambiental para proteção do mero.
"Tivemos o primeiro encontro com as coordenadoras do projeto Meros do Brasil e já dei a nossa palavra de que Vitória tem muito interesse de sediar essa unidade de estudos e pesquisas do mero, que poderá funcionar no Parque Dom Luiz Gonzaga, que possui parte do ecossistema manguezal de Vitória", destacou o secretário.
Mero
O mero é protegido pela portaria interministerial MPA/MMA Nº13, de 2 de outubro de 2015, e tem a sua pesca proibida em todo território brasileiro.
O mero (ou Epinephelus itajara) é um peixe marinho da família Serranidae que habita águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico. É uma espécie de peixe que habita zonas estuarinas (manguezais) e áreas costeiras. Por isso, costumam ser encontrados em manguezais e costões rochosos, próximos de naufrágios, pilares de pontes e parcéis.
A espécie é muito vulnerável à pesca, pois possui taxas de crescimento lentas, atinge grandes tamanhos, agrega-se para a reprodução e matura sexualmente tardiamente.
Conhecido como "Senhor das Pedras", seu formato é arredondado e chega a ultrapassar dois metros de comprimento. Os peixes podem viver até 40 anos e alimentam-se basicamente de lagostas.
Ameaça
A maior ameaça ao mero é, provavelmente, o homem, desde que é um peixe excelente como alimento e sua carne é deliciosa e branca. São também peixes fáceis de pescar, utilizando-se de uma variedade de artefatos (armadilhas, linhas de mão, redes de emalhe e arbalete de pressão).
Quando você retira um animal tão grande do mar, o papel que esse peixe representava no ambiente vai demorar para ser novamente exercido por outro peixe. Outro problema é o fato de os meros agregarem-se, isto é, reunirem-se em datas e locais conhecidos pelos pescadores. Quando estão juntos, tornam-se ainda mais vulneráveis e presas fáceis.