CIDADANIA
Educação alimentar: famílias de Vitória participam de formação
"Oficina com Famílias" faz parte das ações do Serviço de Proteção e Atendimento à Família
Em 30/10/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O banco de alimentos recebe doações de alimentos semi-perecíveis que compõe a cesta de alimentos e distribui às famílias de maior vulnerabilidade atendidas nos serviços da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas).
Promovida pelo Banco de Alimentos Herbert de Souza, a convite do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Inhanguetá, a "Oficina com Famílias" faz parte das ações do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif). As ações são conduzidas pelo técnicos Manoel Fernando Araújo Meira e Camila Gravel, durante encontros quinzenais.
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"Mais pessoas precisam saber de onde vem as cestas de alimentos, como elas são montadas e, principalmente, saber do trabalho de organização que existe por trás até a entrega às famílias". A afirmação foi feita pela dona de casa Iluzinete Cândido Fernandes, de 61 anos, enquanto participava da oficina com famílias com a temática "Alimentação é um ato político".
O objetivo dos encontros é desenvolver os eixos temáticos de acordo com a demanda dos participantes, promovendo discussão e a reflexão sobre situações vivenciadas e interesses comuns, considerando à reprodução social da família, ao fortalecimento de sua função protetiva, as vulnerabilidades e potencialidades do território, acesso a direitos, protagonismo, participação social e fortalecimento dos laços comunitários.
Durante a palestra, a nutricionista Eliana Cirilo Almeida Vila Nova, que atua no Banco de Alimentos, falou sobre a alimentação como direito das pessoas concebido na Constituição Federal e, desde 2010, é uma luta para sua inserção nas políticas públicas.
"A segurança alimentar e nutricional tem que ser feita de forma intersetorial. Vir falar sobre esse tema no Cras é mais uma forma de fortalecer o serviço, como órgão que trabalha com alimentação - seja na organização para distribuição das cestas de alimentos seja na concessão de outros benefícios que facilitam o acesso aos alimentos. A gente constata que muitas famílias ainda não reconhecem esse direito", justificou ela.
A dona de casa Idenir do Nascimento Moraes, de 72 anos, se identificou como uma dessas pessoas.
"Muita coisa a gente não sabe. Eu precisava e não ganhava. Eu não pedia porque achava que não deveria, porque meus filhos me ajudavam. Mas quando eles pararam de ajudar... quando pedi e recebi, veio na hora certa", comentou ela.
Vivendo com apenas R$ 400,00 de pensão do ex-marido, ela falou que, hoje, não tem vergonha de dizer que recebe a cesta de alimentos do Cras.
"Eu preciso e tenho direito, então estou só exercendo este direito", destacou Idenir. Segundo ela, ser referenciada no Cras tem sido maravilhoso para a sua vida. "Com a orientação do Cras tirei a carteira do idoso e posso passear sem pagar", disse ela, sorridente.
O psicólogo Manoel Fernando Araujo Meira ressaltou que o tema Segurança Alimentar vai ser desenvolvido em três encontros, e o fechamento será com atividade externa com visita às instalações do Banco de Alimentos Herbert de Souza. O espaço representa uma importante ação de combate ao desperdício de alimentos, de enfrentamento da fome e de estímulo à solidariedade no âmbito municipal.
O banco de alimentos recebe doações de alimentos semi-perecíveis que compõe a cesta de alimentos e distribui às famílias de maior vulnerabilidade atendidas nos serviços da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas). Conforme a quantidade de alimentos arrecadados, outras famílias e instituições socais da Capital são beneficiadas.
A Gerente de Atenção à Família, Cremilda Astorga, explica que o trabalho social com famílias tem por compromisso a promoção do acesso à informação aos usuários, buscando garantir a função protetiva das famílias e o enfrentamento das desproteções sociais em todas as politicas sociais, na perspectiva da garantia de direitos.
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, destacou a importância dos nutricionistas nos espaços socioassistenciais é fundamental tanto na proteção básica quanto na proteção especial.
"Ações de educação alimentar e nutricional contribuem para promoção da segurança alimentar e fortalecendo os vínculos familiares e comunitários", ressaltou ela. (Secom/PMV)
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