ECONOMIA CAPIXABA
Espírito Santo registra a menor taxa de desemprego em 12 anos
O rendimento médio mensal das pessoas ocupadas no Espírito Santo passou para R$ 3.204.
Em 05/12/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
No Espírito Santo, dez mil pessoas deixaram a condição de desocupadas e, com isso, o índice caiu no 3º trimestre deste ano – de 4,5% para 4,1%, sendo o mais baixo da Região Sudeste.
O mercado de trabalho capixaba está em expansão: a taxa de desocupação no Espírito Santo caiu do 2º para o 3º trimestre, de 4,5% (99 mil desempregados) para 4,1% (89 mil). Esse é o menor índice desde o início da série histórica no estado, em 2012, sendo o mais baixo indicador do Sudeste e o sexto menor do Brasil.
>> Famílias capixabas estão dispostas a comprar bens duráveis, diz ICF
As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No estado, a população total estimada para 2024 é de 4,102 milhões. Desse grupo, 2,165 milhões de pessoas fazem parte da População Economicamente Ativa (PEA), sendo que 89 mil estão desocupadas. Isso representa 2,076 milhões de profissionais empregados – seja no mercado formal ou informal – no terceiro trimestre deste ano. Em relação ao mesmo período de 2023, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,2%.
Construção civil
De acordo com o levantamento, a construção civil se destacou, com um aumento de 4,6% de empregos ao comparar os dados do segundo e do terceiro trimestre deste ano. A indústria também apresentou uma leve variação positiva (0,4%). Já a agricultura (8,3%), os serviços (0,9%) e o comércio (0,3%) tiveram leves retrações.
Apesar disso, os segmentos de serviços e comércio lideram o mercado de trabalho no Espírito Santo, representando, respectivamente, 50,2% e 17,9% dos empregos. Juntos, são responsáveis por aproximadamente 68,1% das pessoas ocupadas, o que equivale a cerca de 1,414 milhão dos 2,076 milhões de trabalhadores ativos no estado.
Outra análise realizada pelo Connect Fecomércio-ES é sobre o tipo de ocupação. A maior parte da força de trabalho no Espírito Santo está empregada no setor privado (52,5%), correspondendo a um total 1,089 milhão de pessoas. No terceiro trimestre de 2024, apenas as ocupações desse segmento (0,7%) e as do setor público (1,6%) registraram crescimento em relação ao segundo trimestre.
Apesar de registrar uma queda de 4,8% em relação ao segundo trimestre, a categoria de empregadores apresentou o maior crescimento entre os tipos de ocupação ao comparar o terceiro trimestre de 2023 e o de 2024, com um aumento expressivo de 26,6%.
Informalidade
Outro destaque na pesquisa fica para a taxa de informalidade, que no estado é de 38,1%, caindo 1,3 ponto percentual do segundo para o terceiro trimestre. Essa queda indica que 36 mil deixaram de atuar informalmente, com o número de trabalhadores informais passando de 827 mil para 791 mil pessoas no Espírito Santo. Já no Brasil, a taxa sofreu um leve aumento de 0,2 ponto percentual, passando de 38,6% para 38,8%.
A coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, explicou que o número de profissionais na informalidade pode indicar a precariedade do trabalho, com a ausência de vínculos empregatícios e de direitos trabalhistas.
“O desemprego presente no estado no momento é basicamente transitório, envolvendo pessoas entre empregos ou aquelas cujas habilidades não atendem imediatamente às demandas do mercado. Mas há desafios: o número de profissionais na informalidade pode indicar a precariedade do trabalho, com a ausência de vínculos empregatícios e de direitos trabalhistas, como férias e 13º salário. Além disso, o mercado informal afeta negativamente a economia ao limitar a arrecadação de tributos, reduzir a produtividade e aumentar a vulnerabilidade social dos trabalhadores. A formalização, por outro lado, cria um ambiente de confiança, essencial para o crescimento econômico.”
Rendimento mensal
O rendimento médio mensal das pessoas ocupadas no estado passou de R$ 3.129 no segundo trimestre para R$ 3.204 no terceiro, um aumento de 2,4%. Esse número representa o salário médio dos trabalhadores formais e informais de todos os setores econômicos. No mesmo período de 2023, o valor era R$ 2.874, ou seja, subiu 11,48%.
Entre os segmentos, o maior crescimento nos rendimentos no 3º trimestre deste ano foi registrado no setor de serviços, com um aumento de 2,8% em relação ao segundo trimestre. Agricultura, construção civil e comércio são os que têm menor salário médio (R$ 2.366, R$ 2.575 e R$ 2.765, respectivamente); enquanto “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” e “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” são os que têm a maior média (R$ 4.635 e R$ 4.237, respectivamente). (Por Kelly Kalle/AsImp)
Pesquisa:
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no LINK
Leia também:
> Espírito Santo lidera crescimento do comércio varejista no Brasil
> Famílias capixabas estão dispostas a comprar bens duráveis, diz ICF
> Setor de saúde capixaba registra saldo de 883 novos empregos
> Sefaz bloqueia empresas por falta de contabilista responsável
> Comércio exterior capixaba cresceu 8,18% no mês de outubro
> Varejo do ES deve movimentar R$ 7,69 bilhões em novembro
> Comércio comemora redução do ICMS sobre bebidas alcoólicas
> Setor de serviços capixaba cresceu 8,1% no mês de setembro
> Alta do café conilon impulsiona novo recorde das exportações
> Cresce confiança dos empresários do comércio capixaba
ACESSE: SITE | INSTAGRAM | LINKEDIN | FACEBOOK | YOUTUBE | APP | RÁDIOSNET