ECONOMIA CAPIXABA
Aplicações de Crédito Rural atingem R$ 4,4 bi em 5 meses
A aplicação de crédito rural no ES cresceu 10% no decorrer de cinco meses do ano-safra.
Em 09/12/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O ano-safra começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte. Entre estados brasileiros, o Espírito Santo e o Piauí foram os únicos a terem crescimento, com 10% e 6%, respectivamente.
A aplicação de crédito rural no Espírito Santo cresceu 10% no decorrer de cinco meses do ano-safra. O resultado acontece depois do lançamento do Plano de Crédito Rural realizado em julho de 2024 pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal e diversas instituições financeiras e representativas dos produtores rurais e pescadores. O comparativo do valor aplicado é referente aos meses de julho a novembro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano-safra anterior.
O ano-safra começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte. Entre estados brasileiros, o Espírito Santo e o Piauí foram os únicos a terem crescimento, com 10% e 6%, respectivamente. No entanto, o Estado capixaba aplicou mais que o dobro do valor em comparação com o piauiense. Na média geral, o crédito rural aplicado no Brasil decresceu 24%.
Em cinco meses, foi aplicado um montante recorde de R$ 4,4 bilhões de crédito rural no Espírito Santo, ante a um montante de R$ 4,0 bilhões aplicados de julho à novembro de 2023 – um acréscimo de R$ 400 milhões no período. O número de operações realizadas para as diversas atividades agrícolas capixabas teve decréscimo, saindo de 22,3 mil em 2023 para 21,3 mil. Os dados foram apurados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de informações do Banco Central do Brasil.
“O Espírito Santo se destaca como um exemplo de resiliência e eficiência no uso do crédito rural, mesmo diante de um cenário nacional adverso. Em apenas cinco meses, conseguimos aumentar em R$ 400 milhões o valor aplicado, resultado que reafirma o compromisso do Governo do Estado em promover um ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades agropecuárias e ao fortalecimento do setor produtivo capixaba. Isso só é possível porque temos um Estado organizado, com articulação e boa relação com todos os agentes da cadeia”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
O Plano de Crédito Rural para o Espírito Santo na safra 2024/2025 é fruto de uma parceria entre os Governos Federal e do Estado, que conta com as principais instituições financeiras que aplicam crédito rural no Estado, como Banco do Brasil, Banco do Estado do Espírito Santo-Banestes, Caixa Econômica Federal, Sicoob, Banco do Nordeste e Sicredi.
“Esses resultados nos mostram que estamos no caminho certo, investindo em um ambiente favorável à produção, ao mesmo tempo em que asseguramos condições para que nossos produtores possam acessar o crédito e desenvolver suas atividades com segurança e prosperidade. A queda no número de operações apenas reforça que estamos aumentando a qualidade e o valor dos investimentos com um tíquete médio maior, gerando mais impacto positivo com menos burocracia. O crédito rural é um dos principais instrumentos para incentivar os agricultores a modernizar e expandir suas atividades”, frisou Bergoli.
Agricultura familiar
Especificamente para a agricultura familiar, as aplicações no período analisado somaram cerca de R$ 1,21 bilhão, valor 1,1% maior que no mesmo período do ano-safra anterior, onde o montante foi de R$ 1,20 bilhão. Em relação aos contratos, foram efetuadas 14.853 operações para agricultura familiar.
“A participação da agricultura familiar no crédito rural em cinco meses foi de 27,4% no valor total aplicado, e respondeu por 75,1% do total operações, o que demonstra o dinamismo das pequenas propriedades rurais capixabas, na busca das melhorias de seus sistemas produtivos”, pontuou o secretário da Agricultura.
Modalidades de aplicação
O crédito rural é destinado para finalidades específicas: investimento, custeio, comercialização e industrialização. O valor aplicado em custeio teve crescimento de 17,2%, subindo de R$ 1,8 milhão para R$ 2,1 milhões. O custeio cobre as despesas inerentes a um ciclo de produção, podendo ser utilizado desde o beneficiamento da produção até o armazenamento.
Já no investimento teve redução de 1,9%, passando de R$ 1,18 milhões para R$ 1,16 bilhões. O investimento é o valor que pode ser utilizado em reformas, construções, obras de irrigação ou na compra de equipamentos para a propriedade rural, dentre outros itens.
Na modalidade de comercialização, o crescimento foi de 11,1%, passando de R$ 962,1 milhões para R$ 1,07 bilhão. O crédito comercialização auxilia na venda dos produtos no mercado. Na modalidade de industrialização, o valor reduziu 1,8%, saindo de R$ 56,9 milhões para R$ 55,9 milhões. O crédito industrialização é voltado para industrialização de produtos agropecuários.
Na proporção do valor aplicado, o custeio representa 48,4%; o investimento, 26,2%; a comercialização, 24,1%; e a industrialização, 1,3%. As análises comparativas são referentes ao período de julho a novembro de 2024 ante ao mesmo período de 2023. (As informações são da Seag)
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